Conservação das aves marinhas

A Lantuna tem desenvolvido ações de investigação e conservação das aves marinhas no Parque Natural da Baía do Inferno e do Monte Angra e na colónia de Achada Grande Trás.
A Lantuna tem implementado medidas de conservação tais como a identificação de espécies de aves marinhas reprodutoras e colheita de amostras biológicas; estudo da dieta das aves marinhas e exposição à contaminação por macro- e micro-plásticos; construção de ninhos artificiais com características específicas para cada uma das espécies de procelariiformes que se reproduzem na Baía do Inferno; mapeamento das áreas de nidificação; estudo de interação com a pesca artesanal; sensibilização das comunidades sobre importância da conservação das aves marinhas.
No domínio emerso, a Baía do Inferno é constituída por uma extensa parede rochosa e escarpada, quase vertical, que se estende continuamente por vários quilómetros. Inacessível ao Homem, acolhe uma das mais importantes colónias de aves marinhas de Cabo Verde, onde se destacam o alcatraz (Sula leucogaster) – a maior população nidificante do arquipélago – e o rabo-de-junco (Phaethon aethereus) – uma das maiores populações nidificantes do arquipélago e de toda a África ocidental. Espécies endémicas como a cagarra de Cabo Verde (Calonectris edwardsii), o pedreiro (Puffinus lherminieri boydi) e o pedreirinho (Hydrobates jabejabe) são também frequentemente ouvidas à noite e têm núcleos reprodutores na área.
As maiores ameaças para a sobrevivência das populações de aves marinhas no PNBIMA devem-se direta ou indiretamente às atividades humanas, nomeadamente pela predação causada por animais introduzidos (gatos, ratazanas e ratos) e pela captura humana.